Multi instrumentista, compositor e arranjador, que coleciona em sua carreira (além de muitos prêmios), Chiquinho França tem a sabedoria de um músico ciente do seu papel social enquanto artista engajado na luta pela arte e cultura deste estado.
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Grupo: Para você, do meio musical, como você descreve a cultura popular atualmente?
Chiquinho França: Cultura popular para mim seria uma base onde todos os artistas, de seja lá qual for a área (Teatro, música, dança entre outros), estão inseridos. Uma grande árvore com vários galhos, em que esses mesmos não param de surgir e crescer. Alguns podem um dia morrer, mas essa árvore sempre se renova.
Grupo: Sabemos que a cultura popular está em constante mudança, você acha que o surgimento de novos estilos musicais e essas mudanças tem alguma ligação?
Chiquinho França: Com toda a certeza, todos os estilos precisam de uma origem, e essa origem é a cultura. A cultura muda, a música e interpretações mudam. Sempre temos quem crie, quem ouse, e isso é a nossa vantagem, isso é o que torna a nossa cultura um tesouro.
Chiquinho França: Com toda a certeza, todos os estilos precisam de uma origem, e essa origem é a cultura. A cultura muda, a música e interpretações mudam. Sempre temos quem crie, quem ouse, e isso é a nossa vantagem, isso é o que torna a nossa cultura um tesouro.
Grupo: Qual seria o publico alvo dessa cultura popular?
Chiquinho França: Não há público alvo para algo tão abrangente. Nós temos pessoas mais interessadas em certo ramo, mas é justamente a junção de todos esses interesses e estilos que formam o verdadeiro público da nossa cultura.
Grupo: A sua música se encaixa na indústria comercial da cultura popular?
Chiquinho França: A minha música faz parte sim dessa indústria da cultura popular, procuro fazer uma mistura de algumas influências, e essas influências são bastante populares.
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Curiosidades:
1) Como funciona a produção de um CD?
Temos várias formas de se produzir e gravar um cd. No meu caso, fico um tempo sem fazer apresentações, e sem sair muito. A primeira parte é sempre a criação: As melodias e arranjos, reuniões com a banda, idéias e tudo mais. Logo após isso, temos ensaios, para não haver erros nem desencontros na gravação. Depois de todos os instrumentos, passamos para a parte da equalização, que é feita por profissionais já treinados para ouvir e ajustar os volumes de todos os detalhes. Acabado isso, temos as cópias e a gráfica. Depois temos a distribuição e venda para o nosso público.
2) Quais são as principais etapas para se conseguir um espaço no meio artístico?
Temos que considerar muito a dedicação do artista, se ele se sente motivado e feliz com o que faz, tem quase tudo para ser um grande artista. Mas não é por isso que dedicação é sinônimo de sucesso no mundo da música, pois é preciso muita sorte e oportunidades.
Temos que considerar muito a dedicação do artista, se ele se sente motivado e feliz com o que faz, tem quase tudo para ser um grande artista. Mas não é por isso que dedicação é sinônimo de sucesso no mundo da música, pois é preciso muita sorte e oportunidades.
3) Como foi a sua estrada até chegar aonde chegaste?
Para você ter idéia, aprendi música ouvindo um ceguinho que pedia esmolas na rodoviária da minha cidade, e eu tocava com um cavaquinho numa afinação inventada. Outras das minhas “escolas” foram a vitrola da vizinha e um radinho de pilha sem antena que só pegava em cima do muro. Sou filho de um lavrador e uma doméstica, maranhense de Santa Inês, a 300 quilômetros de São Luís. Com essas informações você pode perceber que não foi fácil. Foi muita dedicação e sorte. Hoje já lancei em meu Estado seis CDs instrumentais e um DVD (Solos), gravado no Teatro Arthur Azevedo, na capital. Emplaquei temas nas trilhas dos programas Globo Repórter e Fantástico, na Globo. Hoje vivo de música e instrumental.
Para você ter idéia, aprendi música ouvindo um ceguinho que pedia esmolas na rodoviária da minha cidade, e eu tocava com um cavaquinho numa afinação inventada. Outras das minhas “escolas” foram a vitrola da vizinha e um radinho de pilha sem antena que só pegava em cima do muro. Sou filho de um lavrador e uma doméstica, maranhense de Santa Inês, a 300 quilômetros de São Luís. Com essas informações você pode perceber que não foi fácil. Foi muita dedicação e sorte. Hoje já lancei em meu Estado seis CDs instrumentais e um DVD (Solos), gravado no Teatro Arthur Azevedo, na capital. Emplaquei temas nas trilhas dos programas Globo Repórter e Fantástico, na Globo. Hoje vivo de música e instrumental.
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Créditos a Guilherme Lopes.
5 comentários:
Olá.. Nuss adorei a entrevista!! Parabéns aqui ta Hiper interessante! =D. Bjão
http://www.theimmortalpart.blogger.com.br
Muito bom o blog, layout, fotos, tudo bem planejado =]
adorei....
muito bom o post e blog todo...
bjkss
www.daniilopes.blogspot.com
passa lá
Vei ficou muito massa a entrevista, adorei msm.
Ficou muito bem elaboradas as perguntas e tudo, parabens ai pra todos.
Adorei a entrevista! Parabéns pelo seu blog!
APaula
http://ofedor.blogspot.com
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